sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Tem entre 50 e 64 anos?


Os exames e consultas que protegem a saúde das mulheres desta idade

Check-up médico

Deve ser feito uma vez por ano, mediante o estado de saúde e a história familiar. Envolve observação clínica, medição da tensão arterial, análises da urina, colesterol, trigliceridos, glicemia, ureia, ácido úrico, entre outros. A pesquisa de sangue oculto nas fezes é obrigatória depois de 50 anos, devendo ser feita de três em três anos.

Check-up dentário

Marque uma consulta dentária de seis em seis meses para efectuar um exame e uma limpeza oral. Desta forma estará a proteger o seu sorriso de cáries e a prevenir doenças como a periodontite.

Exame oftalmológico

Visite o médico oftalmologista uma vez por ano, mesmo que não tenha problemas de visão. Caso já lhe tenha sido detectada uma doença oftalmológica, o controlo terá de ser mais regular, de acordo com o problema em causa.

Exame auditivo

Marque uma consulta de otorrinolaringologia de dois em dois anos para avaliação do estado do seu aparelho auditivo.

Auto-exame da pele

Analise os seus sinais cutâneos e esteja atenta a eventuais modificações ao nível da cor e forma. Se verificar que existem alterações na simetria, rebordo, cor e diâmetro procure um dermatologista. Este é um passo essencial para defender a sua pele do cancro cutâneo. Especialmente se tiver a pele clara, recomenda-se ainda que marque uma consulta de dermatologia uma vez por ano.

Rastreio do VIH


A pesquisa no sangue do VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é especialmente importante sempre que houver dúvidas sobre a possibilidade de se estar infectado pelo VIH; se teve relações sexuais sem preservativo, se houve partilha de seringas, agulhas ou outro material na injecção de drogas.

O mesmo se aplica caso tenha feito uma tatuagem ou um piercing com instrumentos não esterilizados (situação actualmente mais frequente em locais que não estejam legalizados) ou se teve contacto directo com o sangue de outra pessoa.

Rastreio da Hepatite B

Trata-se de uma análise ao sangue que permite detectar anti-corpos do vírus da Hepatite B. Este vírus ataca as células do fígado e pode provocar cancro, cirrose ou falência hepática. A contaminação é feita através do sangue, da saliva, do sémen, das secreções vaginais e do leite materno.

Como tal, deve efectuar este teste se consumiu drogas injectáveis; se tem, ou teve, múltiplos parceiros sexuais ou infecções sexualmente transmissíveis; se está contaminada com o VIH/SIDA;  se fez tatuagens ou um piercings com instrumentos não esterilizados; se esteve ou está presa. Actualmente as transfusões sanguíneas não são um factor de risco, porque todo o sangue transfundido é objecto de investigação e desinfecção.

Rastreio da Hepatite C

O teste mais utilizado é a pesquisa no sangue de anti-corpos do vírus da Hepatite C. Tal como o vírus anterior, este ataca as células do fígado e pode provocar cirrose hepática, sendo mais raro provocar cancro. A contaminação é feita essencialmente por via sanguínea.

Como tal, aconselha-se a realização do rastreio quando se consome ou consumiu drogas injectáveis; se fez uma tatuagem ou um piercing com instrumentos não esterilizados, se partilhou objectos cortantes que possam ter estado em contacto com sangue (lâminas, tesouras, escovas...). Também deve ser feito se as análises de função hepática (transaminases ou aminotransferases) estiverem elevadas.

Colonoscopia

A colonoscopia, um exame ao interior do intestino grosso, é muito importante para o diagnóstico precoce do cancro do cólon. É obrigatório ser feito aos 50 anos de idade, devendo ser repetido de cinco em cinco anos se os resultados forem normais. Em caso de pólipos, doenças inflamatórias crónicas (como a colite ulcerosa e a Doença de Cröhn) ou antecedentes familiares (pais, avós ou tios) de doenças ou tumores intestinais, o médico gastrenterologista pode recomendar outra periodicidade.

Deve também ser feito em casos de anemia crónica sem explicação aparente, perdas de sangue pelo ânus, diarreias persistentes ou alternância frequente de diarreia com prisão de ventre.

Auto-exame da mama

Faça o auto-exame da mama mensalmente, por exemplo nos primeiros dias do mês, de preferência no banho. Contacte o seu médico de imediato se notar alguma alteração nos seus seios.

Consulta de ginecologia

Todas as mulheres devem, por rotina, fazer uma consulta anual de ginecologia, no qual se procede ao exame ginecológico, isto é, à observação genital e mamária que possa detectar tumores e lesões na vagina, colo do útero ou mama.

Se a mulher tem, ou alguma vez teve, relações sexuais é recomendável a realização periódica de uma citologia, exame também conhecido como Papanicolau, que ajuda a prevenir e diagnosticar o cancro do colo do útero.

A citologia deve ser repetida a cada três anos, salvo indicações especiais do médico.

Se a mulher notar problemas sexuais, deve referi-los ao seu ginecologista. Os problemas sexuais mais frequentes nesta idade são a secura vaginal e a dor nas relações sexuais.

Mamografia

Todas as mulheres com mais de 50 anos devem fazer anualmente uma mamografia e uma ecografia mamária. É importante recorrer a serviços que tenham mamógrafos com tecnologia de aquisição digital, com muito melhor fiabilidade diagnostica.

Se existirem antecedentes familiares de cancro da mama (mãe, avó, tia) é altamente recomendável a inscrição numa consulta de risco familiar, existente em vários hospitais, nomeadamente os oncológicos.

Densitometria óssea

A realização deste exame, que permite determinar a densidade mineral óssea e confirmar se é vítima de osteoporose, está indicada após a menopausa, particularmente se esta surgiu antes dos 40 anos. Também a magreza excessiva, o tabagismo, uma fractura óssea, a imobilização prolongada e o tratamento com corticites são indicações para fazer a densitometria óssea. Quando há problemas, ele deve ser repetido bienal ou trienalmente.


Revisão científica: Nuno Monteiro Pereira, director clínico da Clínica do Homem e da Mulher  www.clinicahm.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário